domingo, 26 de junho de 2011

Igreja e identidade

Por Jan Tammadge

COMO VAI A SUA IGREJA?

Em nossa classe de escola dominical, este ano, temos estudado sobre o nascimento e crescimento da Igreja. Olhamos para o livro de Atos, onde lemos as histórias da Igreja primitiva em Jerusalém, depois na Judéia, Samaria e as regiões do sul da Ásia e Europa. Ouvimos também sobre o que aconteceu com a Igreja após os registros de Atos, bem como o estabelecimento do Catolicismo Romano, a Reforma Protestante - e também estudamos a biografia de algumas pessoas que influenciaram o crescimento e desenvolvimento da Igreja.

Mas hoje nós queremos olhar para a Igreja contemporânea - a nossa Igreja hoje - para observar como ela funciona e está crescendo. Então, para começar vamos conversar sobre a "nossa" igreja.

Descreva a sua Igreja – (Dividir a turma em 4 grupos e pedir para cada um responder as perguntas abaixo anotando as respostas num papel, e depois compartilhar as respostas com a classe toda).

  • Quantas pessoas freqüentam a sua igreja? Qual a quantidade de velhos, jovens, crianças?
  • Quais atividades você tem na igreja? No domingo e/ou durante a semana?
  • Se alguém visitasse a sua igreja como ele a descreveria?
Certo, então é assim que a nossa igreja se comporta/parece. Mas qual é o plano de Deus para a Sua Igreja? Como é que Ele pretende que a Igreja deva ser? (Dividir novamente em 4 grupos e pedir para cada grupo ler o texto bíblico e responder as perguntas que lhe foram destinadas, e depois compartilhar as respostas com a classe toda).

E uma última pergunta ....
Porque você acha que existem quatro diferentes imagens para Igreja descrita no Novo Testamento?


Conclusões
A Igreja ou o Corpo de Cristo é o grupo de crentes nascidos de novo e que foram unidos a Jesus Cristo pelo Espírito Santo, para cumprir a tarefa de testemunhar e estabelecer o Reino de Deus, inaugurado por Jesus Cristo. Todos os discípulos estão unidos nesta tarefa, e cada um tem um papel a desempenhar. Esses discípulos precisam trabalhar juntos como um corpo com muitos membros, dependentes uns dos outros como os tijolos de um edifício, puros como uma esposa, amando e cuidando um do outro como membros de uma mesma família. Todos os crentes participantes da Igreja, no mundo todo, obviamente, não podem reunir-se, e assim Deus ordenou que se reúnam em grupos pequenos, seja numa igreja local, ou uma igreja que se reune em casas.

Para pensar ...
Como um membro do corpo de Cristo, você se vê como uma parte necessária deste corpo e está totalmente comprometido com ele?

Faça a você mesmo essa pergunta: "Como eu posso contribuir com a igreja local, participante do corpo de Cristo?" Ou responda a pergunta a seguir: "O que a igreja local pode contribuir comigo?".


Um Edifício
Efésios 2:20-22: Vocês são como um edifício e estão construídos sobre o alicerce que os apóstolos e os profetas colocaram. E a pedra fundamental desse edifício é o próprio Cristo Jesus. Ele mantém o edifício todo bem firme e faz com que cresça como um templo dedicado ao Senhor. Assim vocês também, unidos com Cristo, estão sendo construídos, junto com os outros, para se tornarem uma casa onde Deus vive por meio do seu Espírito.

1 Coríntios 3:16: Certamente vocês sabem que são o templo de Deus e que o Espírito de Deus vive em vocês.

2 Coríntios 6:16: Que relação pode haver entre o Templo de Deus e os ídolos? Pois nós somos o templo do Deus vivo, como o próprio Deus já disse: "Eu vou morar e viver com eles. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo."

1 Pedro 2:4-5: Cheguem perto dele, a pedra viva que os seres humanos rejeitaram como inútil, mas que Deus escolheu como de grande valor. Vocês, também, como pedras vivas, deixem que Deus os use na construção de um templo espiritual onde vocês servirão como sacerdotes dedicados a Deus. E isso para que, por meio de Jesus Cristo, ofereçam sacrifícios que Deus aceite.

Qual imagem é utilizada para descrever a Igreja?



 Qual é o propósito deste templo ou "morada de Deus"?



 Como as pessoas deste prédio devem se relacionar entre si?



Uma Família
Efésios 1:4-6: Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do seu amor por nós, Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade. Portanto, louvemos a Deus pela sua gloriosa graça, que ele nos deu gratuitamente por meio do seu querido Filho.

Efésios 2:19: Portanto, vocês, os não-judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele.

Romanos 8:17: Nós somos seus filhos, e por isso receberemos as bênçãos que ele guarda para o seu povo, e também receberemos com Cristo aquilo que Deus tem guardado para ele. Porque, se tomamos parte nos sofrimentos de Cristo, também tomaremos parte na sua glória.

Hebreus 2:10,14-17: Pois Deus, que cria e sustenta todas as coisas, fez o que era apropriado e tornou Jesus perfeito por meio do sofrimento. Deus fez isso a fim de que muitos, isto é, os seus filhos, tomassem parte na glória de Jesus. Pois é Jesus quem os guia para a salvação. Os filhos, como ele os chama, são pessoas de carne e sangue. E por isso o próprio Jesus se tornou igual a eles, tomando parte na natureza humana deles. Ele fez isso para que, por meio da sua morte, pudesse destruir o Diabo, que tem poder sobre a morte. E também para libertar os que foram escravos toda a sua vida por causa do medo da morte. É claro que ele não veio para ajudar os anjos. Em vez disso, como dizem as Escrituras: "Ele ajuda os descendentes de Abraão." Isso quer dizer que foi preciso que Jesus se tornasse em tudo igual aos seus irmãos a fim de ser o Grande Sacerdote deles, bondoso e fiel no seu serviço a Deus, para que os pecados do povo fossem perdoados.

 Qual imagem é utilizada para descrever a Igreja?



 Qual é o propósito desta família?



 Como os indivíduos desta família devem se relacionar entre si?



Uma Noiva
Efésios 5:25-32: Marido, ame a sua esposa, assim como Cristo amou a Igreja e deu a sua vida por ela. Ele fez isso para dedicar a Igreja a Deus, lavando-a com água e purificando-a com a sua palavra. E fez isso para também poder trazer para perto de si a Igreja em toda a sua beleza, pura e perfeita, sem manchas, ou rugas, ou qualquer outro defeito. O homem deve amar a sua esposa assim como ama o seu próprio corpo. O homem que ama a sua esposa ama a si mesmo. Porque ninguém odeia o seu próprio corpo. Pelo contrário, cada um alimenta e cuida do seu corpo, como Cristo faz com a Igreja, pois nós somos membros do corpo de Cristo. Como dizem as Escrituras Sagradas: "É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua esposa, e os dois se tornam uma só pessoa." Há uma verdade imensa revelada nessa passagem das Escrituras, e eu entendo que ela está falando a respeito de Cristo e da Igreja. Mas também está falando a respeito de vocês: cada marido deve amar a sua esposa como ama a si mesmo, e cada esposa deve respeitar o seu marido.

João 17:11,21: Agora estou indo para perto de ti. Eles continuam no mundo, mas eu não estou mais no mundo. Pai santo, pelo poder do teu nome, o nome que me deste, guarda-os para que sejam um, assim como tu e eu somos um. E peço que todos sejam um. E assim como tu, meu Pai, estás unido comigo, e eu estou unido contigo, que todos os que crerem também estejam unidos a nós para que o mundo creia que tu me enviaste.

2 Coríntios 11:1-3: Eu gostaria que vocês me suportassem mesmo quando sou um tanto louco. Por favor, me suportem! O mesmo zelo que Deus tem por vocês eu também tenho. Porque vocês são como uma virgem pura que eu prometi dar em casamento somente a um homem, que é Cristo. Pois, assim como Eva foi enganada pelas mentiras da cobra, eu tenho medo de que a mente de vocês seja corrompida e vocês abandonem a devoção sincera e pura a Cristo.

 Qual imagem é utilizada para descrever a Igreja?



 Qual é o propósito desta noiva?



 Como os indivíduos que compõem a “noiva de Cristo” devem se comportar?



Um Corpo
1 Coríntios 12:12-27: Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um só corpo. Assim, também, todos nós, judeus e não-judeus, escravos e livres, fomos batizados pelo mesmo Espírito para formar um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo Espírito. Pois o corpo não é feito de uma só parte, mas de muitas. Se o pé disser: "Já que não sou mão, não sou do corpo", nem por isso deixa de ser do corpo. Se o ouvido disser: "Já que não sou olho, não sou do corpo", nem por isso deixa de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, como poderíamos ouvir? E, se o corpo todo fosse ouvido, como poderíamos cheirar?
Assim Deus colocou cada parte diferente do corpo conforme ele quis. Se o corpo todo fosse uma parte só, não existiria corpo. De fato, existem muitas partes, mas um só corpo. Portanto, o olho não pode dizer para a mão: "Eu não preciso de você." E a cabeça não pode dizer para os pés: "Não preciso de vocês."

O fato é que as partes do corpo que parecem ser as mais fracas são as mais necessárias, e aquelas que achamos menos honrosas são as que tratamos com mais honra. E as partes que parecem ser feias recebem um cuidado especial, que as outras mais bonitas não precisam. Foi assim que Deus fez o corpo, dando mais honra às partes menos honrosas. Desse modo não existe divisão no corpo, mas todas as suas partes têm o mesmo interesse umas pelas outras. Se uma parte do corpo sofre, todas as outras sofrem com ela. Se uma é elogiada, todas as outras se alegram com ela. Pois bem, vocês são o corpo de Cristo, e cada um é uma parte desse corpo.

 Qual imagem é utilizada para descrever a Igreja?



 Qual é o propósito deste corpo?



 Como os indivíduos deste corpo devem se relacionar entre si?



domingo, 19 de junho de 2011

Decadência e tentativas de renovação na Igreja Ocidental (História da Igreja V)

Por Pedro Paulo Valente

A História do Cristianismo Através dos Séculos (aula 17)


TEXTO BASE: Jeremias 29:11-14a

INTRODUÇÃO
Os dois séculos que antecederam a Reforma Protestante foram marcados por um período de declínio do poder papal e uma constante insatisfação com a moralidade dos clérigos, somado a isso o crescente distanciamento das Escrituras. Nesta aula veremos os eventos antecederam as profundas reformas religiosas no Cristianismo do século XVI, um verdadeiro renovo na fé da Igreja Ocidental.

TENTATIVAS DE REFORMA INTERNA
Durante os anos de 1305 e 1517 d.C., vários movimentos surgiram na tentativa de reformar a Igreja Ocidental. Destaca-se a volta do misticismo, os pré-reformadores e os concílios realizados na expectativa de uma renovação moral dentro da Igreja Romana.

Os místicos
A volta do misticismo em momentos que a Igreja descamba para o formalismo testemunha o desejo do coração humano de entrar em contato direto com Deus no ato do culto, em vez de participar passivamente de atos de culto friamente formal celebrados pelo sacerdote. O místico deseja um contato direto com Deus pela intuição imediata ou pela contemplação.

O escolasticismo contribuiu para o surgimento do misticismo porque ressaltava a razão em detrimento da natureza emocional do homem, sendo uma reação contra essa tendência racionalista. O movimento buscava o desenvolvimento de uma espiritualidade pessoal, menos litúrgica, uma adoração comunitária participativa e que incluísse os leigos.

Os perigos da substituição da Bíblia pela autoridade interior subjetiva e da minimização da doutrina foram alguns dos desvios desses movimentos.

Os precursores da reforma
Os místicos tentaram tornar pessoal a religião, mas os reformadores bíblicos e nacionalistas, como Wycliffe, Huss e Savonarola, empenharam-se mais numa tentativa de retorno ao ideal de Igreja representado no Novo Testamento.

João Wycliffe (1328-1384) estudou e ensinou em Oxford a maior parte de sua vida. Até 1378, queria reformar a Igreja Romana através da eliminação dos clérigos imorais e pelo despojamento de suas propriedades que, segundo ele, era a fonte da corrupção. A partir de 1979, ele começou a opor-se aos dogmas da Igreja Romana com idéias revolucionárias – atacou a autoridade do papa (era Cristo e não o papa o chefe da Igreja), afirmou que a Bíblia e não a Igreja era a autoridade única para o crente, e que a Igreja Romana deveria se amoldar ao padrão da Igreja do Novo Testamento. Para apoiar essas idéias, Wycliffe tornou a Bíblia acessível ao povo em sua própria língua (em 1382 ele terminou a primeira tradução completa do Novo Testamento para o inglês, e Nicolau de Hereford terminou a tradução do Antigo Testamento em 1384), o que possibilitou os ingleses lerem a Bíblia toda em sua própria língua.

Outra medida de Wycliffe foi contestar o dogma da transubstanciação. Ele defendia que Cristo estava espiritualmente presente na eucaristia e isto era percebido pela fé. Se adotada, a idéia de Wycliffe significaria que o sacerdote não mais reteria a salvação de alguém por ter em suas mãos o corpo e o sangue de Cristo na Santa Ceia.

As idéias de Wycliffe foram condenadas em 1382 e em 1401 todos os pregadores adeptos as idéias de Wycliffe (os lolardos) receberiam a pena de morte como castigo quando perseverassem nesses ensinos contrários a Igreja Romana.

 
João Huss (1373-1415), originário da Boêmia, foi pastor da Capela de Belém de 1402 a 1414, e adepto das idéias de Wycliffe. Suas pregações e ensinos reformistas coincidiram com o sentimento nacionalista boêmio contra o controle da Boêmia pelo Sacro Império Romano. Convocado para comparecer no Concílio de Constança, as idéias de Huss foram condenadas, e como ele se recusou a se retratar, foi queimado na fogueira por ordem do Concílio em 6 de julho de 1415.

Os concílios reformadores
Os líderes dos concílios do século XV procuraram fazer a reforma pela criação de uma liderança eclesiástica que representasse os leigos, numa tentativa de eliminar os líderes eclesiásticos corruptos. Os concílios não acentuaram o valor da Bíblia como defendiam Huss e Wycliffe, pelo contrário, suas idéias foram condenadas e João Huss condenado à morte.

Frente aos insucessos dos 3 concílios (Pisa – 1409, Constança – 1414-1418 e Florença-1449) em reformar a Igreja Romana, a reforma protestante tornara-se inevitável.

PRESSÕES EXTERNAS
Apesar de ser um movimento religioso mais do que qualquer outra coisa, o seu contexto a marcou profundamente.

Renascença
A Renascença, que teve lugar em importantes países da Europa entre 1350 e 1650, marca a transição da era medieval para o mundo moderno. Esse período pode ser definido como aquele de reorientação cultural em que os homens trocaram a compreensão corporativa, religiosa e medieval da vida por uma visão individualista, secular e moderna. A concepção teocêntrica medieval do mundo, em que Deus era a medida de todas as coisas, foi substituída por uma interpretação antropocêntrica da vida, em que o homem se tornara a medida de todas as coisas. As classes médias se tornaram mais importantes do que a velha sociedade agrária rural do período feudal. O comércio passou a ter mais importância do que a agricultura como meio de subsistência. Adotou-se uma forma humanista, otimista e experimental de ver as coisas desta vida.

Surgimento das nações estado e da classe média
Novas cidades e a crescente influência dos comerciantes (burguesia) e o desassossego dos camponeses prenunciavam o fim do feudalismo. Contribuiu para esse processo também o nacionalismo, com o enfraquecimento da nobreza e a centralização da autoridade nas mãos dos reis. Assim, nasceram fortes estados nacionais (como por exemplo, Inglaterra, França e Espanha) que resistiam às pretensões absolutistas do Papa.

Invenção da imprensa
A invenção do tipo mecânico móvel para impressão, por João Gutenberg (1398-1468), começou a revolução da imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da renascença, reforma e na revolução científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa.





APLICAÇÃO
Jeremias se destacou entre os profetas hebreus por causa da dimensão em que revelou seus sentimentos pessoais, um coração turbulento e angustiado devido a dureza de coração da sua geração.

O livro de Jeremias se destaca pelo choro de um profeta que percebe uma nação obstinada pelo mal e distante de Deus, que não se arrepende e não ouve a sua pregação. Diante a iminente e certa destruição de Judá, o profeta se apega as promessas de restauração do Senhor, a Sua fidelidade e lembra que Deus é o Senhor da história.

Jeremias nos lembra desse ministério profético que nós cristãos temos, o ministério de denunciar o mal e não se conformar a ele, ainda que muitos tenham se contaminado e até mesmo a igreja tenha o seu discurso comprometido pela corrupção. Somos convocados para seguir a Cristo e servi-Lo, independentemente das circunstâncias que nos cercam. Da mesma forma, a vida de João Wycliffe e João Huss nos traz a memória essa firmeza e compromisso com a Palavra de Deus, ainda que tenham vivido dias difíceis.

QUESTÕES
Quais os problemas que a Igreja Romana enfrentava?
___________________________________________________________________
Como os místicos queriam reformar a Igreja?
___________________________________________________________________
Qual o perigo de uma reforma sem as Escrituras?
___________________________________________________________________
Por que você acha que Wycliffe e Huss estavam tão seguros das suas idéias?
___________________________________________________________________
Como a Igreja deve enfrentar as mudanças que acontecem no mundo?
___________________________________________________________________

MATERIAL UTILIZADO
• Cairns, Earle E. O Cristianismo Através dos Séculos, São Paulo 2008. Editora Vida Nova.
• Williams, Terri. Cronologia da História Eclesiástica, São Paulo 1993. Edições Vida Nova.

domingo, 12 de junho de 2011

A Conversão de Cornélio

A História do Cristianismo Através dos Séculos (aula 16)

TEXTO BASE: Atos 10:1-11:18

Racismo. Tribalismo. Sexismo. Arrogância cultural. Vários tipos de discriminação ocupam um grande espaço na Igreja e têm grande força para destruir a unidade do corpo de Cristo. Isso era tão verdade na Igreja primitiva como é hoje.
Através da conversão de Cornélio, Deus demonstrou claramente que não faz distinções no seu Reino. Por isso nós também não temos o direito de fazer distinções.


A aula foi extraída do guia de estudos bíblicos: O Espírito em ação – John Stott, Editora Cultura Cristã

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A missão do apóstolo Pedro

A História do Cristianismo Através dos Séculos (aula 15b)

TEXTO BASE: Atos 9:32-43

Você já viu ou ouviu falar de algum milagre?

 
Antes, quando a perseguição começou, os apóstolos julgaram prudente permanecer em Jerusalém (At 8:1). Agora, entretanto, que a igreja estava gozando um tempo de paz (At 9:31), eles se sentiam livres para deixar a cidade.

Leia Atos 9:32-35
Por que o apóstolo Pedro viajava bastante? Quem ele visitava e qual era sua motivação?


Qual era a função do apóstolo?

De que modo o poder de Deus foi demonstrado nessa passagem?

Qual a semelhança entre esse milagre realizado com Pedro e o realizado por Jesus na cura do paralítico de Cafarnaum (Mc 2:1-12)?

Qual o resultado da demonstração desse poder?

Para lembrar - os apóstolos aos quais Lucas se referem tinham algumas qualificações especiais. Foram designados como apóstolos por Jesus, foram testemunhas oculares do Jesus histórico, possuem autorização para falar em nome de Jesus e o Espírito capacitador de Jesus para inspirar seus ensinamentos.

Quem era Tabita?


Por que Deus não livra os cristãos de passarem pelo sofrimento?

Qual a semelhança entre esse milagre realizado com Pedro e o realizado por Jesus na ressurreição de Talita (Mc 5:35-42)?


Quais as semelhanças entre esses dois milagres narrados por Lucas?

Quantos milagres o apóstolo Pedro realizou em benefício próprio?


Os relatos retratam o apóstolo Pedro como um autêntico apóstolo de Jesus Cristo, tendo ele realizado “os sinais de um verdadeiro apóstolo”. Milagres semelhantes haviam endossado o ministério profético de Elias e Eliseu. Quatro fatores apóiam essa sugestão. Primeiro, ambos os milagres seguiram o exemplo de Jesus. Segundo, ambos os milagres foram realizados pelo poder de Jesus. Terceiro, ambos os milagres foram sinais da salvação de Jesus. Pedro usa as mesmas palavras, “Levanta-te”, que Jesus usou para curar um paralítico. Quarto, ambos os milagres levaram pessoas a se converter ao Senhor.

Interessante – Lucas encerrou a história de Enéas e Tabita com a informação de que “Pedro ficou em Jope muitos dias, em casa de um curtidor, chamado Simão” (v. 43). Os curtidores eram considerados cerimonialmente impuros, pois trabalhavam com animais mortos para retirar e curtir o couro. Esse pode ter sido o primeiro sinal de abertura de Pedro para os gentios.

APLICAÇÃO

Observamos até aqui que nenhum dos milagres foi realizado em benefício próprio, e ainda que a maioria dos milagres narrados no livro de Atos não aconteceu dentro das igrejas (ou nos cultos). O que você acha que isso sugere?


Os milagres também mostram que Jesus cumpriu sua promessa de enviar seu Espírito para nos capacitar a realizar a tarefa de testemunhar dEle. Como você reage a essa missão?

MAPA – VIAGEM MISSIONÁRIA DE PEDRO


ORAÇÃO
Peça que o Senhor lhe encha de coragem e poder para testemunhar o senhorio e a obra de redenção de Jesus.

MEMORIZAR VERSÍCULO
Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra". Atos 1:8

MATERIAL UTILIZADO
O Espírito em ação – John Stott, Editora Cultura Cristã Estudos Bíblicos sobre o livro de Atos baseados no comentário bíblico de John Stott.
• John Stott. A Mensagem de Atos. Editora ABU.

domingo, 5 de junho de 2011

A Conversão de Saulo

A História do Cristianismo Através dos Séculos (aula 15)

TEXTO BASE: Atos 9:1-43

A Vida de Saulo ANTES: Leia Atos 7: 57-58; 8:1-3 e 9:1-2.

Lucas descreve Saulo como um amargo oponente de Cristo e de sua Igreja. Ele tinha uma disposição mental de ódio e hostilidade – como um animal selvagem e feroz!

A CONVERSÃO de Saulo: Leia Atos 9:3-9

Se você fosse Saulo, como descreveria esta experiência de encontrar Jesus? O que sentiria; o que pensaria?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

De que modo a conversão de Saulo demonstra a graça maravilhosa de Deus?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Saulo não ‘aceitou Jesus’ como dizemos hoje. Ao contrário, ele era um perseguido de Cristo. Foi Cristo que o aceitou e irrompeu sua vida.


Você acha que Saulo tinha escolha nisto tudo?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

A graça soberana que capturou Saulo não foi repentina (no sentido de não ter havido preparação) nem compulsiva (no sentido de dispensar qualquer resposta por parte dele). Não era a primeira vez que Jesus lhe falava - ver Atos 9:10 e 26:14, o que indica que Saulo já sabia quem era Jesus e já tinha ouvido o chamado dele. Na estrada para Damasco Jesus se revelou a ele de modo que provocasse sua resposta.

A Vida de Saulo APÓS: Leia Atos 9:19-22

Que evidência imediata de transformação você vê em Saulo após o encontro com Jesus?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

De acordo com o testemunho do próprio Paulo mais tarde (Atos 26:16), na estrada para Damasco Jesus o designou como servo, testemunha e apóstolo para os gentios.
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

Como a sua conversão se compara ou contrasta com a de Saulo?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

ORAÇÃO
Reflita acerca do milagre de seu relacionamento com Deus.


MATERIAL UTILIZADO
O Espírito em ação – John Stott, Editora Cultura Cristã Estudos Bíblicos sobre o livro de Atos baseados no comentário bíblico de John Stott.